Depois de cumprir agenda na Bahia e em Pernambuco, o presidente participa de evento de lançamento da Pedra Fundamental do campus do ITA, em Fortaleza
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia uma série de visitas nesta semana pelo Nordeste, seu maior reduto eleitoral no País. Nesta quinta-feira, 18, na Bahia, está previsto que o chefe do Executivo participe da assinatura do acordo de parceria firmado para a criação do Parque Tecnológico Aeroespacial, com o intuito de promover o desenvolvimento regional da indústria aeroespacial.
O documento foi firmado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Defesa e do Comando da Aeronáutica, com o Estado e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Cimatec).
Segundo a gestão federal, futuramente, o Parque Tecnológico Aeroespacial será instalado na Base Aérea de Salvador — em área cedida pela União ao Senai Cimatec, que será a instituição responsável pela gestão da unidade. O equipamento será dedicado ao fomento do ensino, à realização de pesquisas avançadas e à promoção da inovação no campo aeroespacial, conforme ressalta o Executivo.
Pernambuco
Depois da Bahia, a previsão é que o presidente esteja na refinaria de Abreu e Lima, em Ipojuca (43 km de Recife), para a cerimônia de retomada de investimentos no equipamento. O empreendimento constou da sentença de sua condenação em primeira instância no caso do tríplex, em Guarujá (SP), assinada pelo então juiz Sergio Moro no âmbito da Operação Lava Jato e depois anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na região, Lula vai anunciar investimentos ao projeto, previstos pelo novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e pelo Plano Estratégico da Petrobras, de 2023 a 2027. O projeto de expansão do chamado trem 2 da refinaria acrescenta capacidade de refino de 150 mil barris de petróleo, com a produção de 300 milhões de litros de diesel ao ano. Ele foi aprovado ainda no governo Jair Bolsonaro (PL), após dificuldade na venda do ativo por não estar concluído.
O empreendimento, lançado em 2005 em parceria com a estatal venezuelana PDVSA, sob o governo de Hugo Chávez, não foi completamente terminado e, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), já gerou perdas de aproximadamente R$ 15,5 bilhões, operando com menos da metade da capacidade projetada.
Moro afirmou na sentença condenatória que o petista havia recebido vantagem indevida pela OAS, participante de consórcio para construção da refinaria com a Petrobras. Para o então juiz federal, o petista, mesmo não tendo recebido propina em dinheiro relacionada à obra, “foi beneficiado materialmente por débitos da conta geral de propinas, com a atribuição a ele e a sua esposa, sem o pagamento do preço correspondente, de um apartamento tríplex, e com a realização de custosas reformas no apartamento, às expensas do Grupo OAS”.
O então ex-presidente afirmou não ter havido a prática de qualquer ato de ofício nas licitações e contratos da refinaria. Após deixar a magistratura e se tornar ministro de Jair Bolsonaro (PL), o hoje senador pela União Brasil foi declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal em sua atuação nos processos de Lula e teve suas decisões anuladas.
Fortaleza
Finalizando as agendas iniciais previstas, o presidente Lula participa na sexta-feira, 19, do lançamento da Pedra Fundamental do campus do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). O evento será a partir das 13h15 na Base Aérea de Fortaleza, no Ceará.
Esta será a primeira unidade da região Nordeste e a segunda do País. O ITA é uma instituição de ensino superior da Força Aérea Brasileira (FAB), referência em cursos de graduação e pós-graduação em áreas da engenharia, com destaque para o setor aeroespacial. Atualmente, a instituição oferece seis cursos de graduação em engenharia e cinco programas de pós-graduação em 20 áreas de atuação.
(Com informações de Mateus Tupina da Folhapress)
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