Colunista
Se já virou um clássico da política brasileira prefeituras municipais bancarem, todo ano, nomes, bandas e grupos musicais de renome nacional para o Carnaval, imagine em períodos pré-eleitorais, como neste 2024.
Há várias questões. Em primeiríssimo lugar, não contribui com o debate o puritanismo do contra. Há casos e casos. O Ceará, para ficarmos somente nesse recorte, é bem servido de municípios turísticos.
Algumas cidades recebem públicos gigantescos nessa época do ano. O dinheiro circulante, associado a um bom planejamento, consegue reverter, facilmente, os investimentos feitos em infraestrutura e cachês. Se houver parcerias com a iniciativa privada, melhor ainda.
Mas essa não é a regra geral. Somos um estado pobre. A maioria dos municípios, idem. Sempre vale o registro de que, na maioria das cidades cearenses, há mais gente no Bolsa Família do que trabalhando com carteira assinada.
Nos confins do mapa do Ceará, há localidades onde falta praticamente tudo em serviços públicos básicos. Em casos assim, não se justificam contratos com tantos zeros à direita. Governar é tomar decisões difíceis e, às vezes, impopulares.
Outro ponto a considerar é a boa e velha transparência no uso do dinheiro público – quer dos próprios cofres ou de emendas parlamentares. A melhor das fiscalizações é a prevenção. Não adianta deixar isso para quando a Quaresma chegar.
O que não deve ser dito em janeiro de ano eleitoral
O ministro da Previdência Social Social, Carlos Lupi, poderia ter evitado, ao ser provocado pela imprensa, em Fortaleza, ter falado em reeleição do prefeito José Sarto (PDT), já em primeiro turno.
O pedetista, um dos pivôs da crise que esfacelou a relação PDT-PT cearenses, está de licença da presidência nacional do partido. Mas não somente por isso. A declaração de Lupi, além de arrogância política, soou, pelas circunstâncias atuais, precipitada e irreal. Menos.
Guerra e política em Gaza
É acertada a crítica do ex-chanceler, Celso Lafer, sobre o apoio do Brasil à denúncia da África do Sul, na Corte Internacional de Justiça contra Israel. Os sul-africanos acusam o governo de Benjamin Netanyahu de genocídio.
Logo o Brasil, que estrou para a história na abertura da Assembleia Geral da ONU, que criaria o Estado de Israel, no pós-Segunda Guerra.
Genocídio é um termo muito caro aos judeus. As coisas devem ser chamadas pelo nome certo, mas nem tudo se resume a interesses ideológicos e geopolíticos.
Posse na Unale
Começa uma nova gestão na União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), tendo à frente o deputado estadual cearense Sérgio Aguiar (PDT).
O fortalecimento e a integração dos parlamentos junto à sociedade é a meta do novo presidente. Eleito para o biênio 2024/2025, Sérgio também vai reforçar as prerrogativas do Poder.
Fortes emoções
Primeiramente, o atual prefeito desiste de disputar a reeleição. Em seguida, o ex-prefeito local se alia ao grupo político que comanda a Prefeitura de Fortaleza.
Depois, a ex-prefeita de Fortaleza admite entrar na disputa eleitoral de lá. Esse cenário é a vizinha Caucaia que, definitivamente, promete fortes emoções nas eleições de 2024.
A interface entre Casa Civil e Brasília
Alinhado ao Palácio do Planalto, e com forte ramificação administrativa no Interior do Estado, o governo Elmano de Freitas mantém intensa agenda em Brasília e em dezenas de municípios. É onde entra a Assessoria Especial para Assuntos Federativos.
Em entrevista ao programa Política, da TV Otimista, o titular da pasta, Leonardo Araújo, detalhou as funções e como isso tem impactado nos resultados da gestão estadual.
O convidado destacou a interface entre a Casa Civil – à qual a Assessoria Especial é vinculada –, a Esplanada dos Ministérios e órgãos federais e estaduais.
Leonardo enfatizou, ainda, resultados nas áreas sociais e econômicas do Palácio da Abolição, assim como a amistosa relação entre Executivo e Legislativo cearenses.