Israel Gomes
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Marquise Infraestrutura já se prepara para a construção dos lotes 4 e 5
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), assinou na manhã desta terça-feira, 23, a Ordem de Serviço (OS) que autoriza a construção de dois novos lotes (4 e 5) da Transnordestina. A estimativa é que até o início de março comecem as mobilizações para as obras, que correspondem ao percurso de cerca 101 km entre os municípios de Acopiara, Piquet Carneiro e Quixeramobim.
Além do chefe do Executivo estadual, participaram da solenidade Renan Carvalho, diretor-presidente da Marquise Infraestrutura; Tufi Daher, diretor-presidente da Transnordestina Logística SA (TLSA); Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste (BNB); Evandro Leitão (PT), presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece); assim como parlamentares e outras autoridades.
A Marquise Infraestrutura foi a empresa contratada para a execução dos lotes 4 e 5. A previsão é de que os dois trechos sejam concluídos em dois anos. “É uma grande obra de logística e engenharia arrojada. Trata-se de uma das ferrovias mais modernas do país. Os dois trechos terão 5 milhões de metros cúbicos de movimento de terra, 11 viadutos, 5 pontes e todo o sistema de drenagem, além das camadas de sublastro do corpo da Ferrovia”, explicou Renan Carvalho.
A ferrovia no Estado terá um total de 608 km e funcionará com três terminais de carga. Um dos terminais, com foco em grãos, ficará na região entre Iguatu e Quixadá. A localização dos outros dois, sendo um para combustíveis e outro para fertilizantes, ainda será definida.
O equipamento, que faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tem ao todo, aproximadamente, 1.206 km de extensão em linha principal. Ela atravessam 53 municípios nos estados do Ceará, Piauí e Pernambuco). Dessa forma, a ferrovia liga as cidades de Eliseu Martins (PI) ao Porto do Pecém (CE), na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), passando por Salgueiro (PE).
O objetivo, segundo a gestão federal, é transformar a região Nordeste em um polo exportador de minério de ferro e conectar, por meio dos trilhos, o sertão e o mar. A fase 1 do empreendimento já alcançou cerca 70% de execução.
“Nós temos um prognóstico de que vamos dobrar o volume de cargas no Porto do Pecém, e vamos ajudar muito várias cadeias produtivas no interior do Ceará. Com a Transnordestina vai vir milho e soja para os produtores de leite, de suíno, de aves. A Transnordestina cruza o sertão, entrando pelo Cariri, passando pelo Sertão Central e Maciço de Baturité, até chegar ao Porto do Pecém. Nosso polo calçadista também vai poder exportar”, ressaltou o governador Elmano de Freitas.
Na avaliação do petista, o empreendimento representa a transformação da economia do Nordeste, principalmente nos sertões. “(Investimento no Ceará) vai ser R$ 6,5 bilhões e vamos ter mais R$ 2 bilhões no Porto do Pecém. Depois, uma parte vai ser feita até mais dentro da produção de grãos no Piauí. É importante para o Ceará aproximar a ferrovia da região produtora de grãos”, explicou o chefe do Executivo estadual.
Novos empregos
Conforme dados do Governo do estado, os lotes 4 e 5 contam com investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão. A perspectiva é que sejam criados cerca de 1.300 postos de trabalho, de forma direta, e 2.500 de forma indireta nas cidades da construção.
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