Vistos como vilões, sobretudo na pandemia, os preços da carne, do feijão e do óleo de cozinha foram, em 2023, os responsáveis por deixar a cesta básica de Fortaleza 3,61% mais barata na comparação com 2022. É maior queda anual para a capital cearense desde 2017, quando o índice registrou deflação de 6,78%.
As informações são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos e foram divulgadas na tarde desta segunda-feira (8).
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A queda no preço da cesta básica no ano passado ocorre após o conjunto dos produtos em Fortaleza registrar alta de 12,9% em 2022. Em dezembro daquele ano, a cesta básica na Capital cearense estava custando R$ 653,99. Em dezembro de 2023, passou a custar R$ 630,38, uma queda de R$ 23,61.
Dos 12 itens que compõem a cesta, sete registraram deflação em 2023 na comparação com o ano de 2022. As quedas mais expressivas foram observadas no óleo de cozinha (-22,65%); no feijão (-19,76%) e na carne (-12,01%). Os itens que apresentaram as maiores elevações foram o arroz (16,36%), o pão (7,33%) e o açúcar (4,52%).
Veja a variação dos itens da cesta
- Carne: -12,01%
- Leite -8,28%
- Feijão: -19,76%
- Arroz: 16,36%
- Farinha: -3,93%
- Tomate: -0,14%
- Pão: 7,33%
- Café: -3,72%
- Banana: 2,53%
- Açúcar: 4,52%
- Óleo: -22,65%
- Manteiga: 3,78%
Apesar da deflação, Fortaleza ainda detém o posto de cesta básica mais cara do Nordeste. Das 17 cidades pesquisadas, a cesta da Capital cearense é a 12ª mais cara.
Jornada necessária
O Dieese calculou ainda a carga horária da jornada de trabalho do fortalezense direcionada ao gasto com alimentos. Considerando o salário mínimo vigente no país de R$ 1.320,00 (valor correspondente a uma jornada mensal de trabalho de 220 horas), pode-se dizer que o trabalhador teve que trabalhar 105h e 04 minutos por mês para essa finalidade. O gasto com alimentação de uma família padrão (2 adultos e 2 crianças) estimado pela entidade foi de R$ 1.891,14.
Comparando o custo da cesta com o salário mínimo líquido, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), o Dieese aponta ainda que o trabalhador fortalezense remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro de 2023, 51,63% do seu salário para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.
Dos 12 itens que compõem a cesta, sete registraram deflação em 2023 na comparação com o ano de 2022. As quedas mais expressivas foram observadas no óleo de cozinha (-22,65%); no feijão (-19,76%) e na carne (-12,01%).