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Caminhos para deixar sua vida financeira mais saudável neste novo ano


A empreendedora Sâmila Braga diz que planejamento é uma habilidade que permeia diversos setores da sua vida (Foto: Nicolás Leiva)

Candice Machado
economia@ootimista.com.br

Sâmila Braga, 34 anos, vem construindo seu lar e a vida dentro dele. A ideia de levantar morada começou em 2021, com um plano de investimento em três etapas: construção, estruturação e ampliação. “Eu fiz um levantamento inicial do quanto seria investido e estimei o tempo para acumular o valor. Então fizemos uma reserva e fomos materializando de acordo com esse esquema”.

Ela e o marido, o estrategista de conteúdo Maésio Lima, 34 anos, iniciaram as obras oito meses depois. A segunda etapa exigiu outros quatro meses de economia. E a ampliação segue, como sonhos se renovam. “É normal, e até indicado, que as coisas mudem, né? A gente muda, e novas variáveis surgem”, complementa, revelando o bebê que está a caminho e que agora é prioridade do casal.

Moradora de Fortaleza, Sâmila é cofundadora e gestora de Branding da Mandalla Comunicação & Design, e o planejamento é uma habilidade que permeia diversos setores da sua vida. “A minha atividade se baseia em planejar, em pensar as marcas, e eu trago isso para as diferentes áreas da minha vida. Como também faço acompanhamento do fluxo de caixa, trouxe essa experiência do empresarial para o pessoal, que é o controle de entradas e saídas”, conta.

De acordo com o “Raio X da pessoa em situação de inadimplência 2023”, divulgado em dezembro pelo do Instituto Locomotiva em parceria com a MFM Tecnologia, 77% dos lares brasileiros possuem dívidas e 30% estão com alguma dívida atrasada. O principal motivo para a situação de inadimplência é a falta de planejamento, segundo 36% dos entrevistados. Essa é uma prática que a gestora considera fundamental.

“Hoje, eu consigo não ficar endividada, justamente por conta desse planejamento. Os objetivos que eu consegui realizar a curto, médio e longo prazo, foram com base no planejamento financeiro”, avalia a empreendedora.

O que eu quero?

Um levantamento do Datafolha, realizado em julho do ano passado, revela que o Brasil enfrenta uma contradição quanto ao hábito de planejar: um total de 23% da população afirma não ter metas planejadas e que não as define por possuir dificuldades financeiras. Outros 22% não souberam responder o motivo para a falta de objetivos delimitados.

“O financeiro está muito relacionado aos nossos desejos, e o planejamento permite equilibrar contas fixas e variáveis, eleger prioridades e adequar aos custos. O que eu quero? O que preciso? Gastar sem controle é o que impede de chegar aos objetivos”, pondera Sâmila Braga.

Realidades desiguais, soluções compatíveis

A gestora de Branding destaca que, quando se fala em economizar despesas pessoais, é preciso levar em conta o recorte das classes sociais. “A gente sabe que existem diferentes condições de vida. Se a pessoa ganha apenas um salário mínimo, não dá para cortar despesas básicas, né. Mas ainda é preciso entender quanto entra e quanto sai, definir objetivos e planejar desejos”, observa.

Segundo o Raio X da pessoa em situação de inadimplência, o maior percentual de dívidas atrasadas encontra-se nas classes DE (37%) e na classe C (30%). O menor percentual está nas classes AB (11%). A pesquisa ainda destaca que, estar inadimplente afeta a percepção de melhora na vida dos brasileiros. quanto mais dívida, menor é a convicção de melhoria na vida. Mesmo assim, 53% dos inadimplentes acreditam que a vida, hoje, é melhor do que há dez anos (para os sem dívidas, essa percepção sobe para 81%). Além das questões econômicas e financeiras, a inadimplência afeta esferas sociais mais amplas dos brasileiros.

“Dívidas não pagas causam problemas de saúde, no sono e de alimentação, afetam questões de autoestima e interferem até nas relações conjugais”, diz o Raio X.

Conforme o Datafolha, mais da metade dos brasileiros (58%) sinaliza que pensam frequentemente em planejar suas finanças para o futuro, mas tem dificuldade em fazer o dinheiro sobrar. “Planejar parece algo muito complexo, só que, nada mais é do que você pensar antes. É um mapa que está ali para guiar, e que pode ser adaptado no caminho. Em muitos momentos da vida, eu ganhava pouco, ajudava minha família, mas meu dinheiro rendia, porque eu sabia o que eu queria; entendia que eu não podia gastar mais; e sempre planejava, mesmo aquele pouco”, conclui Sâmila.

Confira dicas para ajudar a economizar em 2024

Em um dos seus escritos sobre política, Aristóteles dá a dica: “Um bom começo é a metade”. Passadas as festas de fim de ano, o período de calmaria e o novo ciclo de 365 dias podem ser a oportunidade para reposicionar a vida. Recomeçar com as contas em dia pode ser decisivo para que desejar prosperidade seja muito mais do que um protocolo de réveillon. O professor da Fecap, especialista em Administração Financeira e Finanças Pessoais, Márcio Wu, separou algumas dicas práticas para ajudar quem quer atingir o objetivo de colocar as finanças pessoais em dia.

ANTES DE POUPAR, PAGUE AS DÍVIDAS
Antes de pensar em guardar dinheiro em poupança ou investir, pague as suas dívidas. “Nenhum rendimento é maior do que as taxas de cartão de crédito ou do cheque especial”, diz Wu.

IDENTIFIQUE SEU ORÇAMENTO
O ponto de partida para sair da condição de devedor e se tornar um poupador é diagnosticar entradas e saídas. A maioria das pessoas não tem ideia de como gastam o dinheiro. “A primeira coisa é entender de onde vem o seu dinheiro e para onde ele vai. Faça um detalhamento e diagnóstico dos seus gastos pessoais ou familiares”.

SAIBA POR ONDE SEU DINHEIRO ESTÁ VAZANDO
O exercício é simples: comprovantes de pagamentos e gastos devem ser listados ao final do dia ou da semana. Quantas foram as entradas? Quais foram os gastos? As somas das saídas devem ser iguais às entradas. “Pequenos gastos, que você não se dá conta, vão te assustar. Muitas vezes a gente desconsidera despesas do dia a dia, mas no final do mês, elas fazem muito estrago”.

REDUZA GASTOS
Realizado o diagnóstico, comece a poupar aos poucos, sem abrir mão do que é importante para você. Se tem costume de sair com amigos, não corte esse hábito, diminua a frequência. Se vai ao cinema uma vez por semana, vá a cada duas semanas. “Planos financeiros rígidos, assim como dietas alimentares, costumam fracassar”.

FINJA QUE GANHA MENOS
Essa dica é semelhante à estratégia adotada por previdências privadas. No momento em que recebe o salário, um percentual é reservado, 10% ou 20%, para formar poupança ou para realizar um sonho. “Finja ganhar menos. Aprenda a viver com menos”.

ECONOMIZE COM UM OBJETIVO
Importante que você economize com base em um objetivo, como comprar um carro, uma casa, ou viajar. “É preciso uma motivação para economizar. Imponha-se uma meta”.

CRIE HÁBITOS ANTES DE TER RENTABILIDADE
Para quem nunca poupou ou investiu, mais importante que buscar rentabilidade é criar o hábito de economizar. Se já tem o hábito, pense em como investir os recursos. “Tenha em mente qual o seu perfil de risco, se é conservador, agressivo ou moderado”

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