Desenvolver uma nova estratégia de segurança pública para o Ceará está na ordem do dia, neste 2024. E não é por ser este um ano eleitoral.
Processos políticos são cíclicos. Governos vão e vêm. A vida humana, porém, é única. Depois de ceifada, jamais volta.
É profundamente lamentável balanços anuais de homicídios acompanhados de contorcionismos verbais.
A frieza dos números e índices não pode seguir sufocando o debate que se impõe há anos – talvez, décadas.
A boa notícia vem do governo Elmano de Freitas (PT). Na semana passada, o chefe do Executivo anunciou uma série de medidas na área.
Entre elas, reuniões com os prefeitos de Fortaleza, Caucaia, Maracanaú e Maranguape.
O objetivo é implementar parcerias entre o Estado e os municípios que apresentam os maiores índices de violência do Ceará.
São aguardadas ações de iluminação pública, reforma de praças e presença de guardas municipais, articuladas com a atuação da Polícia Militar e Polícia Civil.
Um bom plano, integrado e implementado a várias mãos, pode ser o caminho.
A realidade mostra que gastar, cada vez mais, ajuda, mas não resolve o gargalo.
Também colabora muito pouco a mistura entre segurança pública e disputa eleitoral.
Isso vale para todos.
Pouca iluminação na Capital é crítica corrente

Circular por Fortaleza à noite está ficando, cada vez mais, difícil.
A baixa iluminação é uma percepção cada vez mais frequente de quem anda ou dirige pela Cidade.
Faça um teste: pergunte a taxistas ou motoristas de aplicativo de transporte.
Além da parca iluminação vinda dos postes, as críticas são extensivas a grandes copas de árvores que, não podadas, atrapalham a visibilidade.
Sabe-se que cenários do tipo é importante vetor de criminalidade.
TCU acende luz amarela
O alerta do Tribunal de Contas da União (TCU) de que as receitas do governo Lula, para 2024, foram superestimadas, pode travar os investimentos federais em todo o País.
Trata-se de um volume que pode chegar a R$ 55 bilhões.
É com base nessas expectativas que a gestão pública contrata compromissos financeiros.
Em regra, governos de centro-esquerda são perdulários – particularmente, em anos eleitorais.
Sem mencionar a credibilidade do País, caso o déficit zero nas contas anuais não sejam alcançadas.
Regulamentar 1
O governo Lula parece ter encontrado um bom argumento para regulamentar a atuação das big techs no Brasil: estimular a concorrência.
Estão na mira Google, Meta, Amazon, ByteDance (TikTok) e Microsoft.
As gigantes são responsáveis pelo grosso do tráfego de dados digitais no País – inclusive, levando e trazendo desinformação.
Regulamentar 2
Na volta aos trabalhos, em fevereiro, o Senado vai correr contra o tempo, para aprovar a regulamentação da inteligência artificial.
Rodrigo Pacheco quer a matéria em plenário até o meio do ano.
Se o cronograma funcionar, a campanha eleitoral, com início em agosto, já acontecerá sob o inédito regramento.
O dilema da centro-direita em Fortaleza

De prancheta na mão, pré-candidatos e estrategistas da centro-direita em Fortaleza têm, diante de si, um cenário temeroso: divididos, correm o risco de ficar de fora do segundo turno em Fortaleza.
Oficialmente, eles falam na possibilidade de chegar à Prefeitura já no primeiro turno, caso haja acordo.
Não é bem assim. Dando a lógica, os dois nomes a serem lançados pelos palácios da Abolição e do Bispo – Governo do Estado e Prefeitura de Fortaleza, respectivamente – , têm potencial de protagonizar o duelo.
Não havendo nenhum descolamento fulminante nos próximos meses, essa é uma eleição de dois turnos.
O que pode determinar isso é, exatamente, impasses como o que vive a ala conservadora.
O post A segurança pública para além da política – por Erivaldo Carvalho apareceu primeiro em O Otimista.